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sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

O que você está buscando?

Por Leonardo Gonçalves

A vida é uma busca constante. Não conheço uma só pessoa que não tenha ao menos um objetivo na vida. Todos estão em busca de alguma coisa. Quer seja de dinheiro, sexo, felicidade, educação, títulos ou poder, o fato é que há no homem um sentimento de insatisfação que constantemente o move a novos objetivos e conquistas. O problema é que nem toda busca é nobre: Há coisas que são dignas de ser buscadas, e outras que devem ser evitadas.

Como a lista de objetivos buscados é enorme, penso que seria valido propor uma classificação que nos permita identificar que classe de busca as pessoas estão desempenhando. E meditando nisso, penso que é possível classificar as pessoas em três grupos:

O primeiro grupo está composto pelos que vivem centralizados em si mesmos, convertendo-se no eixo de suas existências. Tais pessoas são movidas por paixões egoístas e priorizam a si mesmos antes do Criador. Esta obstinação certamente não representa a melhor escolha e pode ocasionar diversos problemas, além da depressão que surge como produto de uma busca solitária e quase sempre destituída de valor existencial.

Existe também um segundo grupo de pessoas, que centralizam suas vidas nas outras pessoas, muitas vezes esquecendo de si mesmos. Prima facie esta pode parecer uma busca nobre, mas o fato é que essa vida caritativa, quando não está alicerçada em valores que transcendem a nossa existência terrenal, pode ter muito sentido para os homens, mas não possui nenhum significado para Deus. Paulo, o apóstolo, afirmou que mesmo que ele desse seu corpo para ser queimado ou repartisse todos os seus bens aos pobres, sem o verdadeiro amor, nada disso aproveitaria. Logo, altruísmo sem propósito não é uma boa coisa para se buscar.

Mas existe ainda um terceiro grupo, que está composto por aqueles que centralizam suas buscas em Deus. Estes fizeram a grande descoberta de que não são o centro do universo, e que o mundo não gira em torno dos seus umbigos. É o grupo dos discípulos, daqueles que renunciam suas vidas, desejos, sonhos, tudo para viver a vontade de Deus em suas vidas. Eles sabem que nenhum outro modo de vida pode igualar-se a constante busca pela glória de Deus. Entendem plenamente as palavras de Paulo, de que “dele, por meio dele e para ele são todas as coisas”. No céu, na terra e até mesmo no hades: Tudo é dEle. Longe do Criador, nada podemos fazer.

Partindo deste raciocínio simples, desembocamos em uma das mais importantes sentenças do cristianismo, a de que “ser cristão é viver para a glória de Deus”. Paulo, aos Coríntios, dizia que até mesmo o ato de comer ou de beber deve glorificar a Deus, e aos Efésios o mesmo apóstolo revela que fomos predestinados, eleitos, salvos, tudo para o louvor da Glória de Deus.

Sobre este assunto, gostaria de incluir um breve relato em caráter de testemunho. Aos 17 anos, Deus começou a ministrar meu coração com respeito às demandas do campo missionário. Um ano depois eu estava ajudando a plantar uma igreja na patagônia argentina. Os anos que seguiram desde então – quase dez anos – foram gastos integralmente na obra missionária. Quando Deus nos chamou para o Peru, Jonara estava grávida de 5 meses, e muitos diziam que era uma loucura ir a outro país, a um campo hostil e miserável social e economicamente falando, mas eu tinha certeza que aquele era o momento de Deus. Meu filho nasceu com dificuldade, e a verdade é que a nossa própria vida e ministério tem sido marcada por muitas lutas. Pastorear uma igreja em uma cultura diferente é tarefa árdua. Plantar a visão missionária no coração de pessoas que estão acostumadas a viver apenas para si é um grande desafio. Manter os 26 alunos do PEPE bem alimentados e educá-los para a vida e para a eternidade é um constante milagre. Ensinar sozinho todos os tomos de teologia sistemática gratuitamente aos irmãos peruanos e coordenar seminários locais é desgastante. Ver diariamente centenas de pessoas que vivem na mais absoluta pobreza e não poder ajudar como deveria me faz sentir impotente e entro em depressão 1 a 2 vezes por ano por conta disso. Porém, o fato é que se eu tivesse cem novas vidas e a possibilidade de viver de um modo diferente, eu escolheria cem vezes a mesma vida e faria as mesmas coisas e as mesmas escolhas, porque entendi que nada pode ser mais importante do que viver para a glória de Deus.

Amigo leitor,

O que é que você mais busca? Lembre-se que onde estiver o seu coração, ali estará o seu tesouro. Não existe outra resposta cristã para esta pergunta: A única busca digna e verdadeira para o cristão é a glória de Deus, e fora dela nada faz sentido.

Ps.:http://www.pulpitocristao.com/search/label/Leonardo%20Gon%C3%A7alves

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